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Paradoxos Temporais

    Os paradoxos temporais surgiram das teorias de Albert Einstein, resultantes das incoerências entre a física clássica e ao que acontece neste paradoxos. A seguir iremos ver alguns deles.

Paradoxo dos Gémeos

   Este é o único paradoxo causado pela Teoria da Relatividade Restrita, sendo também o único com uma solução plausível.

   Consideremos dois gémeos com 20 anos, Tiago e Luís. Como o Tiago é mais curioso e aventureiro, decidiu viajar para uma estrela a 30 anos-luz da Terra, numa nave que consegue ganhar uma velocidade próxima da da luz.

   Assim que Tiago chega à estrela, lembra-se que se esqueceu do saco-cama e volta de imediato à Terra, à mesma velocidade com que veio.

   Quando chega ao seu planeta, repara que o seu irmão envelheceu 80 anos e que tudo na Terra mudou. No entanto, o Tiago só envelheceu 10 anos!

   Afinal, os gémeos ainda têm a mesma idade ou um é mais velho que o outro? A verdade é que, biologicamente, o Luís é o mais velho.

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Paradoxo da Predestinação

   A partir deste, todos os paradoxos resultam da Teoria da Relatividade Geral.

   Devido à possibilidade de se influenciar o passado enquanto se viaja no tempo, uma forma de explicar o porquê de a história não mudar é dizendo que os viajantes do tempo já estava predestinados a fazê-lo. Isto leva a uma série de problemas éticos, pois admite que tudo o que fazemos já está destinado a acontecer. Assim, poderemos considerar-nos livres?

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Paradoxo do avô

   Ponderemos que uma pessoa viaja para o passado e mata o seu avô antes de ele conhecer a sua esposa. Dessa maneira, a existência do pai ou mãe dessa pessoa, e consequentemente dela própria, torna-se impossível. Críticos a esta teoria argumentam dizendo que o tempo já foi pré-determinado e por isso, ao voltar no tempo não se pode mudá-lo. O viajante não ficará no mesmo universo, mas sim num paralelo, com seu tempo pré-determinado onde já estaria destinada a sua viagem a este universo.

   Também se defende que, na timeline de onde o viajante do tempo partiu para matar o seu avô, o morto consegue de algum modo voltar à vida, permitindo que o seu neto venha a nascer.

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Paradoxo de Bootstrap

   Este admite que um objeto esteja preso num loop temporal onde este exista sem ter sido criado. Para o compreender, é-nos útil interpretar o seguinte exemplo:

   Pensemos num grande fã do Einstein. Esta pessoa gostava tanto dele que imprimiu a sua Teoria da Relatividade Geral, publicada em 1915.

    Acontece que esta pessoa tinha uma máquina do tempo. Entusiasmada com a ideia de conhecer o seu ídolo, resolve viajar para o ano de 1910 e entregar a Teoria de Einstein ao próprio, 5 anos antes de ele a escrever. Este estuda-a e publica-a 5 anos depois. No futuro, o fã repete o processo.

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Exemplo de situação com este paradoxo

    Assim, quem criou a Teoria da Relatividade, o fã ou Einstein? A verdade é que nenhum dos dois, a Teoria da Relatividade, neste contexto, apenas existe e nada mais.

Paradoxo Polchinski

  Se lançarmos um berlinde através de um wormhole (estrutura que permite conectar dois pontos do espaço-tempo, criando um “buraco”; passando por essa estrutura, é possível atravessar imediatamente dois pontos, travessia que podaria durar anos à velocidade da luz), existe a possibilidade de este, ao ser enviado para o passado venha a colidir consigo próprio no presente, impedindo que este entre no wormhole.

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